quinta-feira, 28 de abril de 2011

Bom dia, boa tarde, boa noite


Fiquei pensando: Como que a gente trata as pessoas?
Quando um designer vai projetar um ponto de ônibus, será que ele considera a opinião dos garis? Das pessoas que montam a estrutura? Dos motoristas e cobradores? Ou apenas entrevista quem está esperando a condução?
Quando um publicitário vai fazer uma campanha para a prevenção da dengue, será que ele conversa antes com um varredor de rua? Quando faz um comercial de um banco, conversa com os vigilantes? Eles passam despercebidos mas vêem tudo de uma maneira que só os invisíveis conseguem.
Quando um palestrante vai falar sobre alimentação saudável, será que ele troca uma idéia com o rapaz que carrega aquelas caixas pesadíssimas de verduras e frutas? Ou o pessoal do supermercado que arruma as maçãs? A moça que cuida da balança?
Você dá bom dia ao porteiro do seu prédio? Já bateu um papinho com o frentista do posto de gasolina? Sabe alguma coisa sobre a senhora que limpa o seu escritório? Lembra do rosto do cobrador do ônibus que você pega todo dia?
Eu sei, às vezes a gente não cumprimenta por timidez, não é desprezo. Mas pode ser interpretado assim, então é melhor ter mais cuidado. Pois é, talvez a gente tenha que rever nossos hábitos. Se não para ser pessoas melhores, ao menos para ser profissionais mais capazes.



TONY RIBEIRO

Um comentário:

Michele Matos disse...

ai ai... às vezes tenho preguiça das pessoas =/ mudarei meus hábitos.
Saudade, Tonhoooo!