sexta-feira, 31 de agosto de 2012

DOIS DIAS

Há dois dias em todas as semanas com os quais não deveríamos nos preocupar, dois dias que deveriam ser mantidos livres do medo e da apreensão. Um destes dias é o ONTEM, com seus erros e ansiedades, suas falhas e bobagens, dores e sofrimentos. O ONTEM passou para sempre, está além do seu controle. Todo o dinheiro do mundo não pode trazer de volta o ONTEM. Não podemos desfazer um único ato que fizemos, não podemos apagar uma única palavra que dissemos. O ONTEM se foi... Outro dia com a o qual não deveríamos nos preocupar é o AMANHÃ, com suas possíveis adversidades, suas cargas, suas grandes promessas e pobre desempenho. AMANHÃ está além do nosso controle imediato, o sol do AMANHÃ irá se levantar ou em esplendor ou por detrás de uma máscara de nuvens, mas se levantará, e até que ele o faça, não temos nenhuma garantia do AMANHÃ, pois ele, ainda não nasceu. Isso deixa apenas um dia, o HOJE. Qualquer homem pode lutar as batalhas de apenas um dia! É só quando adicionamos as cargas daquelas duas assombrosas eternidades: o ONTEM e o AMANHÃ, que sucumbimos. Não é a experiência do HOJE que enlouquece alguém, é o remorso ou a amargura por algo que aconteceu ONTEM e o receio do que o AMANHÃ poderá trazer... Portanto vivamos não mais que um dia por vez! Somente por HOJE serei feliz! Somente por HOJE serei agradável! Somente por HOJE falarei baixo, agirei polidamente! Não criticarei ninguém, não acharei erros em nada e nem tentarei melhorar alguém antes de melhorar a mim mesmo!

terça-feira, 26 de junho de 2012

BASEADO EM FATOS REAIS

Ao longo da vida criamos certas ‘defesas’! Defesas estas, contra nós mesmos. Sem perceber, muitas vezes alimentamos as ‘aparências’ para mostrar ao outro o que no fundo não somos. Uma fuga da realidade? Uma ‘auto-proteção’? A falta de coragem de se olhar no espelho e ver quem realmente somos? Timidez? Vergonha?
Podem existir inúmeras razões para tanta ênfase às aparências. Quando esta é de forma sadia, ou seja, sem a intenção de enganar o outro, é tolerável. Mas quando ultrapassa o limite do próprio Ser verdadeiro, torna-se extremamente superficial. Vivendo de aparências, não se consegue sentir e viver os bons momentos. Pois algo impede de naturalidade, de espontaneidade. Dificultando a aproximação das pessoas e assim, afastando quem está perto. Alguns custam a entender o significado da ‘sua Verdade’, a Verdade de cada um. Preferem se esconder atrás de palavras vãs, atrás de méritos passados, de desejos escondidos, de medos insuperáveis, de amores perdidos... medo da vida? Cada um deve ter uma razão específica para viver de ‘aparências’. Mas, por outro lado, de que servem as Aparências? É triste saber que por vergonha, medo ou timidez, coloca-se uma máscara para esconder o verdadeiro Eu. Ou até mesmo, o motivo poderia ser orgulho? Falar o que não se é. Ter falsa modéstia. Querer ser mais do que não é. Um exagerando na própria imagem, e quando este chega no silêncio de sua mente, percebe que não é nada daquilo que diz aos outros. Que tristeza um ser humano perder tanto tempo com atitudes e fantasiosas sobre si mesmo. Sem falar nos que não conseguem dar um abraço carinhoso verdadeiro, sincero, ou receber o mesmo com gratidão, com o coração aberto. Por quê? Talvez por estarem envoltos por desconfianças extremas a respeito do outro. Não conseguem se soltar, sentir o calor humano do outro. Apenas ‘deixar ser’. Porque é tão difícil na atualidade um gesto sincero de carinho? Por que é tão complicado para alguém aceitar um beijo ou um abraço sem maldade? Sem desconfianças? Sem cobranças ou exigências futuras? Por que a freqüência de discussões, brigas, separações de amigos, companheiros, sem prováveis motivos? A questão é: Será que vale a pena tentar ser o que não é? Será que vale a pena ficar desconfiando de cada gesto de carinho do outro? Será que vale a pena fugir de si mesmo a vida inteira? Se tiver fantasmas do passado que assombram você, espante-os. Se tiver saudade de um passado remoto e esta lhe consumir a alma, mate-a. Se tiver uma timidez extrema, supere! Não tenha medo da Vida, pois ela não tem medo de você. E mesmo que você sentir algum tipo de medo, saiba que é uma prova de que você está vivo! Faz parte da vida, todo sentimento, toda ação e reação, dor ou alegria. Somente quando este medo se torna extremo é que dificulta o Fluir da Vida. Nada acontece por acaso, tudo tem sua razão de ser, inclusive o que acontece de negativo na vida. Ou seja, são degraus de evolução, mas para isso, deve-se perceber cada degrau e subir um por vez! Insistir no erro é tropeçar e perder um degrau e novamente recomeçar. Poupe-se desse trabalho e avance sem medos, sem aparências, prestando atenção no que não funciona em sua vida e colocar em prática o que seria correto pra você. Gasta-se mais energia com a mentira do que com a Verdade. Gasta-se mais energia com as aparências do que com a Naturalidade. Uma pessoa que vive de aparências, seja esta em relação a dinheiro, ou que esnoba os outros por ser quem julga ser, lamentavelmente perdendo a humildade, caminha para o mundo da solidão interna. Ficando tão impregnada de aparências que por fim, nem mesmo mais se reconhece. É fato que no mundo de hoje é preciso tomar cuidado e muito, em relação a estranhos, ao confiar nas pessoas certas, a reconhecer no outro a Verdade, mas isto não quer dizer que devemos simplesmente fechar as portas do coração e desconfiar de todas as atitudes e gestos de carinho e gentilezas dos outros. A vida mecânica, o corre-corre diário nos impede de reconhecer preciosidades em nossas vidas. Vivendo uma vida quase que ‘robótica’, desvalorizamos o que há de melhor em nós: Nossa Essência, reconhecendo a Essência do outro! Escondemos nosso real valor em máscaras, em aparências, para não dar o braço a torcer para o outro, com medo de uma decepção, frustração! Temos receio de nos envolver verdadeiramente com alguém! Temos medo da mágoa, antes mesmo de darmos uma chance de aproximação do outro. Vivemos enclausurados em redomas de vidro, através das aparências nos escondemos do mundo, das pessoas, de nós mesmos. TONY RIBEIRO

TEIMO EM TEIMAR

O ser humano é teimoso por um grande motivo, o desconhecimento de si mesmo e da suposta realidade que ele acha que é. Têm alguns fatores físicos, nosso cérebro trabalha e cria por repetição, por isso vivemos sempre os mesmos padrões para as coisas, situações, emoções, visão do mundo e de nós mesmos. Somos influenciados por imagens, sons, cores e tudo o que nos rodeia o tempo inteiro. Somos bombardeados de informações 24 horas por dia, do mais alto ao mais baixo nível. Um ano tem 365 dias, 364 foram ótimos, maravilhosos, mas um foi um dia fatídico, terrível. Quando nos lembramos deste ano, o que vem em nossa mente é este dia, desconsideramos os outros 364 dias maravilhosos. Seguimos os padrões de nossos pais e sociedade.... Seguimos os padrões da Igreja, amigos e os estereótipos do que e porque seremos “aceitos” pelos outros. Não admitimos e olhamos de maneira natural “os diferentes”, isto é, seja diferente fisicamente, mentalmente, espiritualmente ou intelectualmente. Não perdoamos sequer um único deslize e muito menos deixamos de julgar ao primeiro encontro ou olhar. Criamos rótulos em tudo e em todos. Vimos alguém que achamos bonito, automaticamente vem em nossos pensamentos e coração que aquela pessoa é boa, pois como alguém tão bonito poderia ser mal. E também fazemos ao contrário, alguém que julgamos “feio”, não pode ser tão bom assim. As pessoas são o que vestem, comem, lugares que freqüentam, seus saldos em contas bancárias e o que mostram ser, como personagens de novelas. Vivemos “deduzindo”, “sugerindo”, “idealizando” coisas e pessoas que nunca estarão ao nosso alcance. Adoramos dar soluções excelentes para as vidas dos outros, para as nossas nunca há soluções perfeitas. Queremos sempre ser o que o outro é, queremos o que o outro possui, queremos viver a vida do outro... pois a nossa jamais será tão boa quanto à do outro. Fazemos tudo esperando pelo menos um “muito obrigada”, quando a pessoa simplesmente se esquece por inúmeros motivos... é um ingrato e nunca mais faremos nada para ele. Inventamos desculpas para tudo... até para sermos infelizes. Complicamos tudo na vida... porque é mais “bonito” complicar tudo, pois, se conseguíssemos ver simplicidade em tudo, que graça teria a vida? Não ouvimos o nosso coração, ouvimos as palavras alheias. Não entendemos a nós mesmos, mas sempre achamos que entendemos o outro. Damos conselhos excelentes o tempo inteiro aos outros, mas não seguimos nenhum deles para as nossas vidas. Compramos um carro, uma casa, uma roupa porque está na moda e os outros vão adorar, mas para nós muitas vezes não significa nada. Gostaríamos de dizer tantas coisas que vem do coração, no entanto falamos somente o que vem de nossas mentes “corretamente coerentes”, mas que não acrescenta absolutamente nada a ninguém. Somos teimosos e complicados porque queremos ser, escolhemos ser, achamos bonito ser... por isso somos infelizes!!!! TONY RIBEIRO

quarta-feira, 23 de maio de 2012

RETALHOS

O ser humano é teimoso por um grande motivo, o desconhecimento de si mesmo e da suposta realidade que ele acha que é. Têm alguns fatores físicos, nosso cérebro trabalha e cria por repetição, por isso vivemos sempre os mesmos padrões para as coisas, situações, emoções, visão do mundo e de nós mesmos.
Somos influenciados por imagens, sons, cores e tudo o que nos rodeia o tempo inteiro. Somos bombardeados de informações 24 horas por dia, do mais alto ao mais baixo nível. Um ano tem 365 dias, 364 foram ótimos, maravilhosos, mas um foi um dia fatídico, terrível. Quando nos lembramos deste ano, o que vem em nossa mente é este dia, desconsideramos os outros 364 dias maravilhosos. Seguimos os padrões de nossos pais e sociedade.... Seguimos os padrões da Igreja, amigos e os estereótipos do que e porque seremos “aceitos” pelos outros. Não admitimos e olhamos de maneira natural “os diferentes”, isto é, seja diferente fisicamente, mentalmente, espiritualmente ou intelectualmente. Não perdoamos sequer um único deslize e muito menos deixamos de julgar ao primeiro encontro ou olhar. Criamos rótulos em tudo e em todos. Vimos alguém que achamos bonito, automaticamente vem em nossos pensamentos e coração que aquela pessoa é boa, pois como alguém tão bonito poderia ser mal. E também fazemos ao contrário, alguém que julgamos “feio”, não pode ser tão bom assim. As pessoas são o que vestem, comem, lugares que freqüentam, seus saldos em contas bancárias e o que mostram ser, como personagens de novelas. Vivemos “deduzindo”, “sugerindo”, “idealizando” coisas e pessoas que nunca estarão ao nosso alcance. Adoramos dar soluções excelentes para as vidas dos outros, para as nossas nunca há soluções perfeitas. Queremos sempre ser o que o outro é, queremos o que o outro possui, queremos viver a vida do outro... pois a nossa jamais será tão boa quanto à do outro. Fazemos tudo esperando pelo menos um “muito obrigada”, quando a pessoa simplesmente se esquece por inúmeros motivos... é um ingrato e nunca mais faremos nada para ele. Inventamos desculpas para tudo... até para sermos infelizes. Complicamos tudo na vida... porque é mais “bonito” complicar tudo, pois, se conseguíssemos ver simplicidade em tudo, que graça teria a vida? Não ouvimos o nosso coração, ouvimos as palavras alheias. Não entendemos a nós mesmos, mas sempre achamos que entendemos o outro. Damos conselhos excelentes o tempo inteiro aos outros, mas não seguimos nenhum deles para as nossas vidas. Compramos um carro, uma casa, uma roupa porque está na moda e os outros vão adorar, mas para nós muitas vezes não significa nada. Gostaríamos de dizer tantas coisas que vem do coração, no entanto falamos somente o que vem de nossas mentes “corretamente coerentes”, mas que não acrescenta absolutamente nada a ninguém. Somos teimosos e complicados porque queremos ser, escolhemos ser, achamos bonito ser... por isso somos infelizes!!!!
TONY RIBEIRO

terça-feira, 20 de março de 2012

COLANDO




Sempre me perguntei o que passava pela cabeça das pessoas ao colocarem adesivos em seus carros com a família feliz, aqueles que são vendidos aos montes em bancas de jornais e viraram uma praga. Tinha versão com sogra,cachorro, periquito, papagaio. Tinha a impressão que algumas pessoas sequer entendiam que o adesivo deveria refletir a família delas e não uma família imaginária. Tenho certeza que tem gente com adesivo no carro com três crianças que sequer tem filho. É o adesivo pelo adesivo ! Hoje no caminho para o trabalho vi uma pessoa que aparentemente também se revoltou e resolveu externar sua felicidade de uma maneira diferente. Fui atrás do adesivo que ele tinha colado no carro e descobri que diversas versões menos politicamente corretas. Vou reproduzir a primeira imagem que encontrei que era a mesma do cidadão. Parece que a felicidade do sujeito neste caso, está mais próxima da bebida do que da sogra….





TONY RIBEIRO

domingo, 26 de fevereiro de 2012

TROUXA


A vida do trouxa é uma desgraça completa. Na verdade, desgraça só para ele. Para quem o observa, é a maior graça do mundo. O trouxa tenta, tenta, tenta, mas, na verdade, ele sempre peca pela omissão. É um coitado. Um camarada que sempre ficará no “e se...”.

O trouxa falha no momento crucial. Ele sai como tudo mundo. Ele se diverte como todo mundo. O trouxa se depara com várias alternativas ou saídas de emergência. Pode simplesmente ficar na dele e curtir papo com os amigos. Pode puxar papo com as pessoas do mesmo ambiente. Pode, simplesmente, apreciar a música e ficar falando bobagem. Pode até ir para casa, se não estiver se sentindo bem.

Mas não. No momento em que os mais diferentes tipos de criaturas buscam seu espaço de acordo com sua personalidade, capacidade e vontade, o trouxa escolhe o caminho mais desastroso. Sempre.

A realidade do trouxa é triste. Patética. Mas o trouxa não é só um idiota. O trouxa é, sobretudo, uma criatura inconveniente. Que, querendo impressionar, pára o carro no meio da rua e liga o som no máximo.

O trouxa parece o Mister Bean. Só que ele não é engraçado. Ele entra na cozinha do bar achando que é o banheiro. Ele derruba garrafas de cerveja. Ele puxa os cabelos de mulheres em um ambiente lotado, mas sequer quer que ela saiba que foi ele o autor do carinho. O trouxa vive sob o manto do medo. Da covardia. Não à toa, está sempre sozinho. Sai de casa sozinho. Encontra os conhecidos – que apenas o suportam, mas na primeira oportunidade, deixarão o trouxa conversando com outro. Ele tem vários conhecidos. Paga bebida para todos eles. E volta para casa, sozinho, insatisfeito e infeliz. Sempre pensando no que poderia ter sido, e arrumando desculpas das mais diversas para justificar sua incapacidade de se divertir. É... É atribulada a vida do trouxa.


TONY RIBEIRO

domingo, 8 de janeiro de 2012

IMAGEM NÃO É NADA


A Imagem é Sempre Fruto da Vaidade. O aplauso é o ídolo da vaidade, por isso as ações heróicas não se fazem em segredo, e por meio delas procuramos que os homens formem de nós o mesmo conceito, que nós temos de nós mesmos. Raras vezes somos generosos, só pela generosidade. A vaidade nos propõe que o mundo todo se aplica em registrar os nossos passos; para este mundo é que vivemos; por isso há muita diferença de um homem, a ele mesmo: posto no meio de todos é um homem comum, e muitas vezes ainda com menos talento que o comum dos homens; porém posto em parte donde o vejam, todo é ação, movimento, esforço.
Nunca mostramos o que somos, senão quando entendemos que ninguém nos vê, e isto porque não exercitamos as virtudes pela excelência delas, mas pela honra do exercício, nem deixamos de ser maus por aversão ao mal, mas pelo que se segue de o ser. O vício pratica-se ocultamente, porque cremos que a vergonha só consiste em se saber; de sorte que se somos bons, é por causa dos mais homens, e não por nossa causa; haja quem nos assegure, que não há-de saber-se um desacerto, e logo nos tem certo, e disposto para ele; a dificuldade não está em persuadir a nossa vontade, mas o nosso receio.




Tony Ribeiro