domingo, 21 de março de 2010

TECNOLOGIA A SERVIÇO DA VIDA?!



Existe um mundo onde não chove nem faz frio ou calor. Ou até chove, mas só se o dono assim o quiser e o programa permitir. É um mundo onde os sorrisos são feitos de letras e o que somos pode ser sintetizado em um apelido.
Um mundo fascinante, rico, cheio de pessoas e de histórias. Mas que não é outro mundo. Ele não pode (ou não deveria) substituir um outro lugar, mais antigo, chamado mundo real.
A Internet é uma gigantesca mão de roda. Ela veio para encurtar as distâncias, democratizar o acesso à informação e muitas coisas boas.
Acho a Internet sensacional: permite a comunicação com pessoas, mandamos e recebemos e-mails para simplificar as coisas, ampliamos o circulo de amizades, entramos em quase todos os países, somos lidos, tudo é democrático. Autores que nunca tiveram a oportunidade de ver seus textos publicados por serem autores desconhecidos. Hoje, quem gosta de escrever, tem oportunidade na web, como eu, assim como os artistas têm oportunidade de divulgarem seus trabalhos. Isto é ótimo. Mas, para algumas pessoas, a grande rede assumiu um papel polêmico. Passou a ser o princípio e o fim do dia-a-dia, de gente que não consegue imaginar a vida longe de um monitor e de um modem.
Quero falar do vício, e que está sendo um desastre para muitos. Somos pessoas de hábitos e podemos nos viciar em muitas coisas. Assim como algumas pessoas são viciadas em drogas, em jogos e no tabaco, outras são viciadas em passar horas na internet. O vício em tecnologia pode levar a problemas de relacionamento, principalmente quando o viciado se afasta da família. As pessoas ficam muito ansiosas longe de seus aparelhos e, quando se dão conta, já é tarde. O mais assustador neste vício, são pessoas que morrem ou como já vimos matam. Como o absurdo dos pais que não alimentavam o filho por permanecer longo tempo na frente do computador e ele acabou morrendo. O difícil da coisa é ter o comando de nossa vontade. Somos por demais obstinados quando gostamos de algo. O que não é dosado vira vício. E aí começa a luta: largar um pouco para não largar tudo; não podemos deixar de viver em função do virtual.




TONY RIBEIRO